sábado, 18 de fevereiro de 2012

Estudante paulista de 17 anos é aprovado na Universidade de Harvard


Aprovado nos vestibulares mais concorridos do Brasil como o do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto Militar de Engenharia (IME) e da Universidade de São Paulo (USP), o estudante Gustavo Haddad Braga, de 17 anos, morador de São José dos Campos, em São Paulo, que também coleciona medalhas de olimpíadas estudantis nacionais e internacionais conquistou o título mais importante da carreira de aluno exemplar: foi aceito na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
A vaga foi conquistada porque Haddad praticamente gabaritou nos dois exames chamados de Scholastic Assessment Test (SAT, Teste de Avaliação Escolar), uma espécie de 'Enem americano' que seleciona os estudantes para as universidades. Na primeira prova, que traz questões de raciocínio lógico, consideradas mais difíceis, ele tirou 2.400, a pontuação máxima. Na segunda, onde caem questões específicas do núcleo comum do ensino médio ou de língua estrangeira, o estudante tirou 2.350 pontos. Ambas as avaliações exigem nível avançado de inglês.
Haddad também está na disputa por vagas no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Yale, Princeton, Stanford e Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) cujo resultados ainda não foram divulgados. Mas pelo desempenho do estudante nas duas edições do SAT é bem provável que as instituições também o aceitem, já que é através deste exame que eles selecionam os alunos.
Se isso acontecer, Haddad terá dúvidas de onde fará a matrícula. A princípio sonhava em estudar no MIT, mas depois avaliou que Harvard é forte na área de ciências, carreira que pretende seguir. "Na metade de abril as universidades abrem o período de visitação para os aprovados, aí vai dar para ter uma ideia melhor. Eu pretendo decidir após as visitas", diz. A matrícula tem de ser feita em 1º de maio.
O processo de bolsa de estudos corre paralelo ao da aprovação e é definido a partir das condições socioeconômicas da família do estudante. Haddad diz que os custos anuais para se manter em Harvard é de cerca de 60 mil dólares (o equivalente a quase 104 mil reais), mas a maioria dos estrangeiros recebe bolsa que inclui alojamento.
O jovem que nasceu em Taubaté, mas desde pequeno mora em São José dos Campos, afirma que não sabe ao certo qual curso vai seguir. "Gosto muito de física e da área de biológicas, talvez junte estas duas áreas." Segundo ele, nas universidades americanas é permitido escolher a área em até três semestres de aula e o curso, até o fim do segundo ano.
História com os números
Filho de engenheiros químicos, a ciência e os números sempre fizeram parte da vida de Haddad. A história com as olimpíadas começou aos 10 anos e em oito anos de carreira ele arrebatou mais de 40 premiações dentro e fora do Brasil. Em 2008, conquistou ouro na Coreia do Sul; em 2009 prata no Azerbaijão; em 2010 foi bronze na China e na Croácia, e no passado levou bronze na Polônia e ouro na Tailândia. Fora as medalhas das competições nacionais.
"Comecei a participar quando estava na sexta série, incentivado por uma professora e logo peguei primeiro lugar na Olimpíada de Matemática. As provas envolvem criatividade e é um desafio usar as ferramentas do ensino médio para resolver as questões", diz o jovem. Haddad afirma que a vontade de fazer faculdade nos Estados Unidos começou nesse universo das olimpíadas, já que o contato com estudantes estrangeiros é muito próximo.
Para o campeão, os bons resultados nos vestibulares e a aprovação em Harvard só foram possíveis graças a esse treinamento, já que os problemas cobrados nas olimpíadas são muito mais complexos e difíceis do que os dos vestibulares. Ele concluiu o ensino médio no ano passado, no Colégio Objetivo de São José dos Campos. "As olimpíadas sempre ajudaram demais. Tinha muitas aulas de preparação, algumas quase particulares. Para quem estuda para essas competições, o vestibular fica até fácil porque desenvolve muito raciocínio."
Futebol e balada
Haddad não se considera um garoto diferente dos demais da sua idade. Ele conta que participa de competições de natação, joga futebol e frequenta baladas e cinema como todos os adolescentes. "Minha vida é normal, só com um pouco mais de estudo." O jovem diz que costumava ficar tranquilo na hora das provas, o que contribuía para o resultado positivo. Além disso, diminuía o ritmo dos estudos à medida que as datas se aproximavam - contrariando a tática de muitos vestibulandos.
Agora o desafio do estudante é driblar a ansiedade de ter de ser mudar do Brasil, deixar o pais e o irmão de 13 anos e morar sozinho pela primeira vez. "Uma hora ia ter de me afastar da minha família. Meus pais estão preocupados, mas ao mesmo tempo felizes. Já pulamos muito e fizemos vários almoços para comemorar."

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A VISÃO DE VERÍSSIMO SOBRE O BBB.




Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela "nossa distinta Rede Globo", mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo.
O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.



Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos.
Gays, lésbicas, heteros...todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB . Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , ·visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.


Luis Fernando Veríssimo
É cronista e escritor brasileiro
 
 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Borboletas



Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de
se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
Mário Quintana